Um dos grandes avanços da medicina no século XX foi a descoberta das vacinas. Elas contribuem significativamente para reduzir a mortalidade por doenças infecciosas tanto em crianças como em adultos. Esta constatação por si já demonstra a sua importância, mas há inúmeros outros benefícios que não recebem a devida atenção da população e mesmo de muitos médicos. Um exemplo: a vacinação correta de todas as mulheres e a repercussão benéfica desta medida, além de preservar a vida e a saúde.
Poucos atentam para o fato de que milhares de gestações são perdidas ou evoluem insatisfatoriamente, com sequelas fetais, em consequência dos quadros infecciosos maternos. Também, muitas doenças são transmitidas da mãe para o feto, quando contraídas durante a gestação. Assim, a averiguação do calendário vacinal de todas as mulheres que planejam engravidar constitui ato de extrema importância, muitas vezes negligenciado. Todas as mulheres que pensam em ficar grávidas precisam rever seu histórico de vacinação. Deve ser pesquisada a imunidade contra caxumba, rubéola, tétano, difteria, coqueluche, varicela e, em determinadas situação, febre amarela. Havendo dúvidas, efetuar a imunização ou a aplicação das corretas doses de reforço. Isto se reveste de importância porque muitas vacinas dever ser evitadas durante a gravidez.
Quando não se investiga o estado vacinal das mulheres, algumas vacinas são indicadas durante o pré-natal. Neste período devem ser evitadas vacinas contendo vírus atenuados, embora haja segurança para aquelas mulheres que as tomam inadvertidamente, sem saber que estão grávidas (exemplo: vacina contra a rubéola). Rotineiramente usa-se no pré-natal a vacinação contra a gripe H1N1 e contra o tétano (vacina ou reforço, conforme o caso). As vacinas contra as hepatites e a meningite ficam reservadas a determinadas situações, analisadas pelo profissional médico.
Muitas vezes a medicina evolui, colocando em nossas mãos avanços extremamente benéficos, que não são utilizados de forma correta por desconhecimento. Desconhecimento é atraso, é falta de educação, é falha do sistema público, que tem a obrigação de zelar pela vida e pela saúde de todos os cidadãos.
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