quinta-feira, 9 de agosto de 2012

AS SACOLAS PLÁSTICAS

Artigo originalmente publicado no jornal Lavras News, na coluna Saúde e Meio Ambiente, em 10/12/2011

Nada mais atual que uma declaração feita por Theodore Roosevelt, Presidente dos Estados Unidos, em 1908, ao participar de uma conferência sobre conservação do meio ambiente. Ele afirmou que os EUA haviam enriquecido pela utilização pródiga dos recursos naturais, sem pensar nas consequências futuras do desaparecimento das florestas, do esgotamento dos recursos não renováveis, do empobrecimento do solo e da poluição das águas. Manifestou sua preocupação com as consequências futuras de tanta degradação do ambiente. Apesar de alertas sábios como este, cem anos depois discutimos sobre as mesmas questões: desmatamento, erosão do solo, esgotamento dos recursos naturais e poluição, e quase nada de concreto foi feito, na realidade, além de muitas palavras “jogadas ao vento”.

A partir de 1962 os cientistas começaram a explicar ao “bicho homem”, com demonstrações irrefutáveis, como a sociedade dita moderna estava atacando e destruindo os sistemas de apoio à vida em nosso planeta. Mesmo assim, os interesses econômicos barraram toda e qualquer medida contra estes fatos. Os malefícios causados pela poluição ambiental foram constatados desde a época do Império Romano, mas a humanidade só criou uma consciência ambienta do século XX, após vários desastres de grande proporção, causados pela poluição atmosférica. No início foram desastres limitados, mas eles hoje ameaçam toda a humanidade.



Os problemas ambientais aumentaram lado a lado com o crescimento da população mundial. Isto, porém, isoladamente, não foi a causa de tantos problemas. Houve grande crescimento no número de objetos de toda espécie, criados em nome de um conforto passageiro e utilizados por todos. Após o uso estes objetos são descartados e se acumulam por toda parte. O planeta já não consegue manter seu equilíbrio, não consegue absorver tantos poluentes que não se degradam, mas ao contrário, se acumulam. A satisfação das necessidades dos homens “modernos” gera uma quantidade crescente de lixo, não reaproveitado e mal descartado. Os recursos se esgotam, e grandes catástrofes são profetizadas para muito breve.

É hora (dará tempo?) de todos repensarem seus estilos de vida. É hora de cada um consumir menos, de gastar menos energia, de reaproveitar, de reciclar, de não poluir e, sobretudo, de fiscalizar. É hora de todos se unirem, não delegando aos “outros” a missão de salvar o planeta.

Vamos começar eliminando o uso das sacolas de plástico de nosso dia a dia. Vamos usar as antigas sacolas retornáveis. Quando não houver como fazê-lo, vamos optar pelas sacolas oxibiodegradáveis (aliás, sou autor da Lei Municipal nº 3510/2009, que proíbe o uso das sacolas plásticas não oxibiodegradáveis em Lavras). Esta proibição é em caráter facultativo até agosto de 2012. Não precisamos, porém, esperar a data limite legal para eliminá-las de nosso cotidiano. Vamos adotar esta prática HOJE... O meio ambiente agradece.


Nenhum comentário:

Postar um comentário